"A rejeição é o grande medo do ser humano", quem o defende é Paulo de Vilhena, autor de “O livro secreto das vendas”. Nesta obra, que apresenta o mapa mental dos super comerciais, o especialista em “coaching” defende que uma boa atitude é a palavra de ordem a ter no mundo dos negócios e na vida.
E agora?
Agora que o esperado aconteceu (momento em que a crise já é chamada pelo nome e muitos até a designam de “financial crisis”, impondo um cunho de estrangeirismo tão apreciado por esta nação lusitana), será que vamos continuar a “fazer de conta”? Será que vamos continuar a dar prioridade a temas rocambolescos em vez de olharmos de frente para os problemas do país?
Como cidadã estou saturada de tantos esquemas, tantas divagações, inúmeras distracções que nos levam a pensar em tudo menos naquilo que é importante: o desenvolvimento do nosso país.
SEM dúvida que as bases da democracia - e de um sistema livre e democrático - não podem ser colocadas em causa, por isso a importância de discutir casos tais como o da PT/TVI, que mais não é do que uma suspeita de um atentado ao livre mercado, ao livre funcionamento da economia e da democracia de um país. E isso, no caso de vir a ser provado ter ocorrido, é grave. Muito grave. Mas mais grave ainda é utilizar todo o tempo útil de membros parlamentares, de governantes, de cidadãos, de jornalistas, de responsáveis empresariais a pensar naquilo – que a bem da verdade – não nos tira da crise (poderia qui ça ter ajudado a não entrar nela… mas isso dá assunto para uma outra conversa). Parênteses à parte, neste momento há que apurar factos mas sobretudo existe a necessidade de construir, de moldar, de pensar num futuro para o país. É preciso termos uma estratégia – que envolva miúdos e graúdos. Não nos podemos esquecer que o país não vive apenas das grandes empresas nacionais, que graças a Deus – e para bem da nossa Nação e de todos nós - existem. O país vive também - e sobretudo - dos pequenos e médios empresários, vive das indústrias e serviços tradicionais, vive de gentes que nem sempre têm cunhas mas – e ao invés - têm legiões de assalariados a quem têm que pagar no fim do mês. Essas gentes não podem ser esquecidas. Essas gentes, que reclamam do sistema democrático quando dizem “que estão todos ligados uns aos outros e que não conseguem neste Portugal furar – fazer negócios - sem conhecimentos”, têm que ter uma garantia de que vale a pena ser empreendedor. Vale a pena passar algumas noites sem dormir (como acontece com tantos) a pensar onde vão buscar verbas. Não é fácil empreender, todos sabemos. Mas nem todos sentimos. Isto porque são poucos os que se aventuram; muito poucos os que entendem (ou simplesmente querem “tentar entender”).
Aqui pelas grandes cidades esquecemo-nos do português, que erradamente consideramos, pequenino; e deslumbrámos nos com aquele que entendemos como grandinho. Que mediocridade. Que atentado à sociedade e ao crescimento da mesma.
Isto não pode continuar! Quando num país tudo pára porque existem suspeitas, tudo está perdido. Quando num país não se dá o mesmo valor ao pescador empreendedor tal como a um Ceo, que também empreende, tudo está perdido. Quando num país se julgam as gentes pela dimensão do negócio em que estão envolvidos e não pela essência dos mesmos, tudo está perdido. Não nos esqueçamos que os homens não se medem aos palmos e que a vida dá muitas voltas….Tantas que o hoje pode não corresponder ao amanhã. E também por isso realmente acredito, ainda assim, que nem tudo está perdido porque existe um grande caminho a percorrer. Uma longa caminhada que começa por tomarmos consciência de que temos que ter uma ESTRATÉGIA para o país. Nessa temos que incluir “miúdos e graúdos” e nessa temos, também, que mergulhar. As entidades patronais têm que ser tão compreensíveis – e realistas – como os Sindicatos, que às vezes se esquecem de como é que um mercado funciona. É necessário gerar para distribuir. Sem produção não há divisão. Mas este lembrete vale para todos nós – e, também para o Governo, que tem a obrigação de pensar alto e de envolver todos os portugueses neste momento em que a união mais do que necessária é vital.
Fomos habituados, nos últimos anos, a crescer num mundo de “facilitismo”. Num universo em que “tudo se resolve” e existe sempre alguém que nos dá a mão, mais do que não seja o Estado através dos subsídios de desemprego. Mas isso a ser “universo”, é utópico. Ninguém é superior aos factos. O nosso desemprego atinge os 2 dígitos, a miséria substitui a pobreza e os recursos são escassos. Quando a despesa é maior do que a receitas e as expectativas de crescimento do sinal MENOS são maiores do que as do sinal MAIS nesta equação que corresponde à nossa situação pública… a gestão torna-se complicada. Mas o quadro não fica por aqui. Isto porque num palco em que temos todas as personagens acima mencionadas, e depois alguns figurantes que - e enquanto o pano sobe - andam preocupados em “saber quem é quem” o que é que “fulano ou sicrano sabe”, “quem conhece”…enfim ... um mundo de faz de conta que espero um dia não ter que contar aos mais novos, que hoje não sabem, tal como nós, o que os espera. Também por eles vale a pena deixar de lado as futilidades do mercado e pensar grande. Pensar nos projectos estruturais, pensar no País. E quem tem essa obrigação são os que têm, por enquanto, o frigorifico cheio. Esses têm mais responsabilidade neste momento. Quem está faminto é natural que se preocupe em primeiro lugar em saciar a fome; quem apenas tem apetite deve procurar as fontes para o satisfazer.
Por tudo isso hoje vos escrevi… vagueando e pensando, aqui, partilho as minhas preocupações que nem sempre encontro descritas nos livros que leio.
Angola é "a terra prometida para muitos"; "a terra de um passado ( nostálgico) para outros; para todos " a terra da dimensão". De uma grande dimensão que permite sonhar e segundo António Vicente Marques, autor de " Direito Fiscal Angolano", concretizar.
Veja o vídeo ao autor
Negociar em Angola - António Vicente Marques, autor de “Direito Fiscal Angolano” fala em entrevista sobre a importância de conhecer as leis angolanas. Grato em relação ao país – e identificando muitas oportunidades no mesmo - afirma que os casos de insucesso se prendem muitas vezes com o facto de alguns investidores subestimarem as gentes locais
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MAFALDA
Mafalda de Avelar, 36 years old, graduated in Economics from Nova University, Lisbon, Portugal and with a Masters in International Relations from John Hopkins University (School of Advanced International Studies - SAIS) which was done in Bolonha, Italy and Washington DC, USA.
During her academic and professional career, she has been an Erasmus student at the Catholic University, Leuven, Belgium, and Masters student in external trade at the University of São Paulo, Brazil (not concluded). She has also participated in the GásAfrica Programme of Católica University, Lisbon in Guiné Bissau, in the ICEP contact programme in Brazil, has given lessons and one to one classes in some neighbourhoods in Lisbon, done a traineeship at Young and Rubicam, Denmark and been assistant to Microeconomics Professor Eric Fisher, SAIS, Bolonha.
A journalist since 1999, she has worked for the Folha de São Paulo, the Gazeta Mercantil and on InvestNews. She has been an independent correspondent, namely to “ O Independente”, from São Paulo, Buenos Aires, Bolonha and Washington DC. She has also worked in the marketing department of the Público newspaper and the rectory of Nova University, Lisbon.
Author of this blog 'livros e manias' (books and manias/trends) and of 'livrosavoltadomundo.blogs.sapo.pt' (books around the world), contributor on the programme 'Succeso.pt' (success.pt) on SIC News and co-author of the book of the same name.
A freelance journalist for many years in Portugal and abroad, she collaborated with a national film production company, Stopline Films selecting scripts and international contracts.
Author of the column "Ideias em Estante" ('ideas on a shelf') which was published for four years in the newspaper Expresso and which is now in the Diário Económico' on Fridays.
After the column moved to the Diário Económico it became available in 2 new formats. Interviews with authors broadcast on Web and economic tv and also on television on the evening news of Economic TV, on Fridays at 7.45 pm.
The column also includes the first ranking for economics and management books which bears comparison with other international rankings and is done in strict collaboration with the following bookshops: Almedina, Babel, Barata, Betrand, Book.it and Fnac.
Writer of features for Diário Económico.
Mafalda de Avelar, 36 anos, é formada em Economia pela Universidade Nova de Lisboa e tem Mestrado em Relações Internacionais pela Johns Hopkins University (School of Advance and International Studies - SAIS - ); tendo estudado nas cidades de Bolonha, em Itália; e em Washington Dc, Estados Unidos.
No seu percurso académico e profissional, foi estudante Erasmus na Catholic University of Leuven (Bélgica) e frequentou o Mestrado em Comércio Externo na Universidade de São Paulo – USP- Brasil (Mestrado este que ainda não concluiu); participou no programa da Universidade Católica - GásÁfrica, na Guiné Bissau; no programa Contacto do ICEP, no Brasil; deu aulas e explicações de cariz social em vários bairros de Lisboa; estagiou na Young and Rubicam (Dinamarca); e, foi assistente de Microeconomia do Professor Eric Fisher (Bolonha/SAIS).
Jornalista desde 1999, trabalhou na Folha de S.Paulo, na Gazeta Mercantil e no InvestNews. Foi correspondente freelancer do Independente (a partir de São Paulo, Buenos Aires, Bolonha e Washington Dc), esteve nos departamentos de Marketing do jornal Público e da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.
Blogista deste espaço "livros e manias" e de "livrosavoltadomundo.blogs.sapo.pt”, colaborou no programa Sucesso.pt, da SIC Notícias, e é co-autora do livro " Sucesso.pt".
Vários anos como jornalista freelancer em Portugal e no exterior, colaborou ainda numa Produtora de Cinema Nacional - Stopline Films - em que acumulou as funções de "Selecção de Guiões" e de " Acordos Internacionais".
É autora da coluna “Ideias em Estante”, originalmente - e durante quatro anos - publicada no jornal Expresso, que agora é publicada no Diário Económico, aos sábados.
Já no Diário Económico, a "Ideias em Estante" ganhou também dois novos formatos. Entrevistas aos autores, transmitidas na Web e TV Económico. E formato televisivo.
Na “Ideias em Estante” é também publicado o primeiro TOP Nacional de Livros de Economia e Gestão. Um Top da autoria de Mafalda de Avelar, que surge à semelhança de outros tops internacionais e que é realizado em estrita colaboração com as seguintes livrarias: Almedina, Babel, Barata, Bertrand, Book.it, Bulhosa e Fnac.
No Diário Económico, a jornalista assina ainda algumas das Grandes Reportagens publicadas às sextas - feiras.