Segunda-feira, 13 de Setembro de 2010

"A nossa linha principal - de Braga até Faro - não tem sido modernizada devido ao ruído do TGV" diz autor de Quilómetros, Euros e pouca terra".

Esta semana, na "Ideias em Estante", fomos tentar entender em que estado é que o universo ( português) dos transportes se encontra.

 

Para isso convidamos Daniel Murta, professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, a partilhar o seu livro " Quilómetros, Euros e pouca terra".

 

Entre as conclusões: "O TGV é um elefante branco" e mais preocupante ainda " A nossa linha principal - de Braga até Faro - que percorre os sítios onde há pessoas, não tem sido modernizada com a profundidade necessária devido ao ruído do TGV."

 

 

Escute e leia o autor aqui:

 

 

 

 

Entrevista "Ideias em Estante" ( DE, 11 de Setembro 2010)

 

 

Os transportes sempre foram uma sector estratégico de qualquer economia. Mas nem sempre nos debruçamos sobre os mesmos para entendermos a dinâmica desta ferramenta económica considerada vital para o desenvolvimento regional e internacional de um país. Talvez por isso não seja à toa que a aposta na logística seja cada vez mais um factor de diferenciação das economias que querem atrair investimentos. Para entendermos a dinâmica dos transportes e a sua importância conversamos com Daniel Murta, economista e autor de "Quilómetros, Euros e pouca terra", que em declarações ao Económico e à ETV (veja na integra no canal 200 da Zon), referiu que a nossa linha principal, já existente, não tem sido modernizada devido ao ruído do TGV.

 

Em Portugal estamos a utilizar bem as nossas vias ferroviária?

 

Não. Já eliminamos mais de metade da via que em tempos tivemos e basicamente a nossa linha estruturante que cobre o litoral, onde está a população, tarda em ser reestruturada. Isto seria necessário para dar a velocidade que esta linha deveria ter e que plenamente utilizaria o material circulante - os alfas pendulares - que já adquiriu, que estão ao serviço, mas que de facto não são utilizados no seu potencial porque com a confusão de que "se há ou não TGV (se vem e quando vem)" acaba por a linha que devia estar a funcionar tardar em ter os investimentos necessários para ter mais velocidade em maior parte da linha.

 

O TGV faz ou não sentido? Vai ou não ser benéfico para o País?

 

O meu entender essa resposta está muito ligada com a situação económica actual em termos do nosso PIB, do nosso endividamento e da riqueza das famílias, da perda do poder de compra. E portanto numa trajectória que tem sido negativa na última década, eu penso que o TGV não será mais do que um elefante branco. Porque, de facto, não pode ser barato desde da concepção da linha dedicada, ao material circulante e respectiva manutenção, e até (finalmente) à operação … não pode ser barato. Realizar tudo isso é sempre caro.

 

E as pessoas não serão em número suficiente para dar a rentabilidade necessária - sequer no meu entender - à operação.

 

Em termos de mercadorias? Faz sentido?

 

Fará certamente uma vez que descongestionaria o tráfego rodoviário de mercadorias, que é um tráfego menos eficiente na utilização de recursos e que acelera e agrava o desgaste das rodovias. Mas de facto as mercadorias não precisam de alta velocidade. Que linhas é que melhor as servem?

 

A compatibilidade com Espanha deve ser assegurada. Mas há soluções para além de construir uma via dedicada. Onde é mais óbvio que se teria um bom retorno era numa gestão melhor da nossa linha. Porque o que se diz sempre é que a linha do Norte está lotada. Mas isso não é verdade cientificamente. É possível encaixar mais comboios nessa linha.

 

Está a falar de uma ineficiência de gestão de recursos?

 

A nossa linha principal - de Braga até Faro - que percorre os sítios onde há pessoas, não tem sido modernizada com a profundidade necessária devido ao ruído do TGV.

 

 

publicado por livrosemanias às 18:10
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Segunda-feira, 6 de Setembro de 2010

Mourinho continua a liderar as vendas de livros de Economia e Gestão. Conheça o TOP DE.

TOP DE - livros de economia

e gestão mais vendidos

de 21 a 27 de Junho de 2010

 

O TOP DE apresenta as obras de Economia e Gestão

mais vendidas em Portugal. É um top elaborado com a colaboração

das seguintes livrarias:  Almedina, Barata, Bertrand e Fnac.

 

1

 

Mourinho - A Descoberta Guiada

Luís Lourenço/Prime Books

 

2

 

Economia Portuguesa

Luciano Amaral/ FFMS

 

 

3

 

100 Regras Para Enriquecer

Richard Templar/ Presença

 

 

4

 

O que o cão viu

Malcom Gladwell/D. Quixote

 

5

 

O Princípio da Cenoura

Adrian Gostick e Chester Elton/Casa das Letras

 

6

 

O Talento não é tudo

Geoff Colvin/Lua de Papel

 

7

 

McNomics

Jerry Newman /Casa das Letras

 

 

8

 

O Seu Primeiro Milhão

Pedro Queiroga Carrilho/Lua de Papel

 

9

 

Liderança segundo John F.Kennedy

John A. Barnes/Casa das Letras

 

10

 

A Arte da Guerra

Sun Tzu/EverGreen

 

 

publicado por livrosemanias às 16:28
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