Segunda-feira, 29 de Abril de 2013

"Isto é um Assalto" lidera Top Económico

TOP 10

Económico

livros de gestão e economia mais vendidos de 15 a 21 de Abril de 2013

 

 

1

Isto é um Assalto

Francisco Louçã e Mariana Mortágua com ilustrações de Nuno Saraiva (Bertrand)

 

2

Porque Devemos Sair do Euro

João Ferreira do Amaral (Lua de Papel)

 

Entrevista ao autor no blogue deste espaço

 

3

Euro Forte, Euro Fraco

Vítor Bento (Bnomics)

 

Entrevista ao autor e pré-publicação da obra no blogue deste espaço

 

4

O País que não resgatou os seus Bancos

Marc-Pierre Dylan (Marcador)

 

Leia mais sobre a obra aqui

 

5

As Nações Hipócritas

Ha Joon Chang (Clube do Autor)

 

6

Como ter Sucesso no Linkedln

Rui Pedro Caramez (Pactor)

 

7

As 10 Questões da Recuperação

João César das Neves (D. Quixote)

 

Entrevista ao autor no blogue deste espaço

 

8

Modelo de Negócio Eu

Timothy Clark e Alexander Osterwal (Dom Quixote)

 

9

Ganhar com o Facebook

Brian Carter (Marcador)

 

10

Quem Mexeu no Meu Queijo

Spencer Johnson

(Pergaminho)

 

 

O TOP ECONÓMICO é elaborado com a colaboração da Almedina, Bertrand, Book.it, Bulhosa e Fnac.

Este TOP é parte integrante da coluna "Ideias em Estante", da autoria de Mafalda de Avelar

 

publicado por livrosemanias às 11:15
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Terça-feira, 23 de Abril de 2013

Leya apanha boleia e oferece livros nos transportes públicos.Saiba onde.

 

Se apanhou de manhã algum transporte público, dentro da Grande Lisboa, possivelmente já recebeu "um presente" neste Dia Mundial do Livro.

 

O grupo Leya, desenvolvendo uma acção de marketing pioneira, está a distribuir, nos transportes públicos da Grande Lisboa, livros. No total serão distribuídas, durante o dia de hoje, 20 mil obras.

A iniciativa realiza-se, hoje, até às 19h30 nas linhas da Carris, da CP, da Transtejo e do Metro.

 

"Resolvemos assinalar o Dia Mundial do Livro de uma forma diferente", afirma José Menezes, director de Comunicação do Grupo Leya. Para José Menezes esta acção tem dois objectivos: distribuir livros aos utilizadores dos transportes públicos de Lisboa e permitir que os colaboradores do grupo Leya tenham contacto com os leitores. São 70 os funcionários da Leya que estão na rua a distribuir livros de todos os géneros literários, “tendo assim contacto directo com os leitores”.

 

O grupo Leya, que nasceu em 2008, pelas mãos do empresário Miguel Pais do Amaral, está presente em Portugal,  Angola, Brasil e Moçambique.  O grupo conta com 17 editoras.  

 

Conheça aqui onde pode receber um livro. E boas leituras!

  

23 de Abril 2013 – horários e locais da iniciativa

 

CP

Horário : 08h - 11h

Linha de Cascais

Linha de Sintra

Linha da Azambuja

Linha do Sado

 

METRO

Horários:  13h – 14h; 17h30 – 19h

Estação Cais do Sodré

Estação Marquês de Pombal

 

CARRIS

Horários : 13h – 14h ; 17h30 – 19h (interior dos veículos)

Carreiras: 15E (eléctrico), 728, 736 e 783

 

TRANSTEJO

Horário : 17h30 – 19h30 (salas de embarque)

Terminal Fluvial do Cais do Sodré                  

Terminal Fluvial do Terreiro do Paço           

 

 

Este post também foi publicado em Livros à Volta do Mundo

publicado por livrosemanias às 12:44
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Segunda-feira, 22 de Abril de 2013

"Porque devemos sair do Euro" é o livro mais vendido da semana/TOP Económico

TOP 10 Económico

Os livros de gestão e economia mais vendidos de 8 a 14 de Abril de 2013

 

 

1

Porque Devemos Sair do Euro

João Ferreira do Amaral (Lua de Papel)

 

Entrevista ao autor no blogue deste espaço

 

2

Euro Forte, Euro Fraco

Vítor Bento (Bnomics)

 

Entrevista ao autor e pré-publicação da obra no blogue deste espaço

 

3

Isto é um Assalto

Francisco Louçã e Mariana Mortágua com ilustrações de Nuno Saraiva (Bertrand)

 

4

Como ter Sucesso no Linkedin

Rui Pedro Caramez (Pactor)

 

5

As Nações Hipócritas

Ha Joon Chang (Clube do Autor)

 

6

As 10 Questões da Recuperação

João César das Neves (D. Quixote)

 

Entrevista ao autor no blogue deste espaço

 

7

Modelo de Negócio Eu

Timothy Clark e Alexander Osterwal (Dom Quixote)

 

8

Basta! O que fazer para tirar a Crise de Portugal

Camilo Lourenço (Matéria Prima)

 

Entrevista ao autor no blogue deste espaço

 

9

Ganhar com o Facebook

Brian Carter (Marcador)

 

10

Educação Financeira das Crianças e Adolescentes 

Ricardo Ferreira (Escolar Editora)

 

Entrevista ao autor no blogue deste espaço

 

 

 

 O TOP ECONÓMICO é elaborado com a colaboração da Almedina, Babel, Barata, Bertrand, Book.it, Bulhosa e Fnac. Este TOP é parte integrante da coluna "Ideias em Estante", da autoria de Mafalda de Avelar

publicado por livrosemanias às 12:24
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Quinta-feira, 18 de Abril de 2013

Acabou a Feira do Livro no Porto!!! (???)

In Lusa: "APEL suspende edição de 2013 de Feira do Livro no Porto"

 

Porto, 18 abr (Lusa) - A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros

(APEL) suspendeu a edição de 2013 da Feira do Livro no Porto por "falta

de condições financeiras", informa hoje a câmara, que "lamenta" tal

decisão e garante organizar uma alternativa.

A APEL "optou pela suspensão da feira no ano em curso, alegando falta de

condições financeiras para a sua realização, tanto mais que admite a

possibilidade de se vir a registar um avultado prejuízo por força da

forte quebra nas vendas, que facilmente se adivinha neste dramático

cenário económico-social em que estamos mergulhados", refere comunicado

da Câmara Municipal do Porto.

A autarquia recorda o acordo feito em 2009 com a APEL para "o regresso da

Feira do Livro à Av. dos Aliados", tendo para o efeito celebrado um

protocolo no valor de 300 mil euros, repartidos ao longo de quatro anos,

destinados ao investimento em novos equipamentos.

Tal apoio, explica, "correspondia ao valor das prestações para

amortização do investimento feito no 'leasing' operacional dos novos

stands, que ficariam liquidados no final dos quatro anos de vigência do

contrato, pelo que restaria agora, em cada feira, apenas o custo

correspondente à sua manutenção, montagem e desmontagem".

Contudo, "ainda em 2012, a APEL solicitou o apoio do município para a

realização da Feira do Livro 2013, assente naqueles que foram os

pressupostos do protocolo anterior, reforçando a insuficiência da verba

anual de 75 mil euros a que correspondeu o apoio anual decorrente do

protocolo atrás referido, invocando o desdobramento por mais um ano do

'leasing operacional' dos stands, em razão da necessidade de recuperação

de parte daquele equipamento por se encontrar em deficientes condições de

utilização".

"O Município do Porto viu-se assim confrontado com uma situação

inesperada, tendo comunicado à APEL que era inviável o apoio financeiro

excecional nos mesmos moldes e valores do que fora pago nas últimas

quatro edições da Feira do Livro", acrescenta o comunicado.

A câmara garante ter manifestado à APEL "disponibilidade para continuar a

apoiar tão importante iniciativa, nomeadamente a ceder gratuitamente,

para o efeito, a plataforma central da Av. dos Aliados, isentando a

organização de todas as taxas e licenças, e assegurando apoio logístico

na segurança e na limpeza dos espaços de circulação", apoios que a

associação considerou insuficientes.

"A Câmara do Porto compreende e lamenta a decisão da APEL" e assegura ter

"já em preparação uma iniciativa que permita, no próximo mês de julho,

proporcionar aos portuenses um evento de lazer e cultura que colmate, na

Avenida dos Aliados, esta suspensão da Feira do Livro", remata.

 

LIL // MSP

Lusa/fim

publicado por livrosemanias às 20:31
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Domingo, 14 de Abril de 2013

Euro Forte, Euro Fraco

Será que gente tão diferente casa para sempre?

 

Economista levanta a questão das diferenças culturais dentro do espaço da zona Euro e procura respostas para salvar o que resta da União Europeia. A aliança entre Estados prometia ser eterna, mas está tremida.

 

(Entrevista a Vítor Bento no final deste post)  

 

"Euro Forte , Euro Fraco", de Vítor Bento, tem a pertinência de levantar o tema das diferentes culturas e países que utilizam uma só moeda: o euro . Conta o autor - em entrevista que pode ser lida no 'site' do Económico - que "Duas culturas, uma moeda: um convívio (im)possivel? é a interrogação indispensável. E, dar-lhe resposta, é o desafio fundamental que a zona euro como um todo e os países da periferia têm pela frente". Como escreve António Vitorino no prefácio deste livro, "Vítor Bento coloca o dedo na ferida quando equaciona as tensões que caracterizam a evolução da zona Euro , as quais tornaram visível uma "fractura norte-sul" interna não apenas à moeda comum mas, mais generalizadamente, presente no quadro da UE. Com efeito, o pretexto da crise financeira e monetária trouxe à superfície um conjunto de preconceitos e de agravos e estigmatizações que constituem, em larga medida, a negação do significado profundo do projecto de integração europeia e que, em vários aspectos, se supunham estarem ultrapassados". Entre as linhas mais interessantes - do ponto de vista de quem procura uma resposta para esta crise - de destacar as sugestões do autor sobre a federalização de várias funções, "hoje descentralizadas", nos Estados nacionais. A federalização dos sistemas bancários nacionais "que, para ser devidamente eficaz, terá de envolver a "federalização" da responsabilidade financeira pública sobre a sua solvabilidade e a segurança dos depósitos. E, segundo, pelo menos a "federalização" das prestações sociais que, como os subsídios de desemprego, funcionam como estabilizadores automáticos nas economias nacionais e que, ao nível "federal" passariam a funcionar como estabilizadores automáticos das dessincronizações de ritmos económicos". Também pertinente, a proposta de adopção de programas especialmente destinados a apoiar as regiões mais periféricas da UE. Um livro pertinente que toca no ponto fulcral das diferenças entre Estados de um mesmo bloco, que não vivem numa federação. O que faz toda a diferença quando a politica monetária é só uma. Leia abaixo alguns excertos desta obra, que será publicada no próximo dia 8 de Abril. Prefácio por António Vitorino "O mais estimulante na análise do Autor é precisamente o reconhecimento de que as diferentes preferências sociais que dividem o Norte e o Sul da Europa (não apenas os países fundadores do Euro mas mais alargadamente os actuais Estados-membros pós alargamentos de 2004 e de 2007), embora correspondendo a matrizes de posicionamento conhecidas desde os primórdios do projecto do Euro , conheceram um reforço dos dois pólos, uma vez que os países que o Autor considera, com base nos indicadores económicos e monetários aduzidos, como preenchendo uma espécie de "zona intermédia" entre os dois caminhos possíveis (a França e a Finlândia), acabaram por fazer um percurso adaptativo, o primeiro aproximando-se mais claramente do grupo do " Euro fraco ", o segundo do pólo do " Euro forte ".

 

(Excertos - em pré-publicação autorizada)

 

Introdução A crise económica e financeira por que tem estado a passar a zona euro , desde há alguns anos, foi desencadeada, e agravada, pela crise financeira internacional que eclodiu em 2007… Mas a sua origem genética está nas contradições intrínsecas da própria zona, e que a gestão política e económica da primeira década de existência do euro foi deixando consolidar, em vez de, como teria sido devido - até pela letra dosTratados -, as ter resolvido ou, pelo menos, contido. Essas contradições foram disfarçadas pela extraordinária abundância de liquidez que inundou a economia mundial desde a segunda metade dos anos 90 do século passado, e com a qual se foram financiando os desequilíbrios macroeconómicos a que davam origem, deixando-os ampliar, desvalorizando as suas causas e, por conseguinte, desincentivando qualquer atempada acção correctora. E foi essa mesma abundância de liquidez mundial que, ao mesmo tempo, foi insuflando a bolha financeira, cujo rebentamento haveria de resultar na crise internacional. E acabaria por expor abruptamente as contradições que ajudou a esconder e, sobretudo, as consequências dos desequilíbrios macroeconómicos que ajudou a alimentar" As contradições intrínsecas à genética do euro manifestam-se através de efeitos económicos - e, por isso, tendem a confundir-se com"meros" problemas económicos -,mas a sua origem é cultural e institucional. De facto, essas contradições resultam do convívio, num mesmo regime monetário, de diferentes culturas, que ordenam diferentemente as preferências sociais e que procuram atingir resultados que são muitas vezes contraditórios entre si. Mas, tal como foi dito, o problema não está nos resultados, mas nas causas das tensões que levam a esses resultados. A solução, por isso,muito mais do que económica e financeira, terá que ser política e institucional. E terá que ter mais em vista a compatibilização a priori das escolhas potencialmente divergentes, do que a correcção (ou "compensação") a posteriori dos seus resultados.

 

II . Preferências divergentes, regimes divergentes Esses resultados, por seu turno, são o reflexo de diferentes ordenações das preferências sociais - divergentes entre os dois grupos - e testemunham a prevalência de regimes monetários, não só diferentes, como inconciliáveis entre si. De um lado, um regime monetário inflacionista e conducente a uma moeda fraca, e que, por simplificação, se designa por " euro fraco " (onde estão no gráfico: Irlanda, Itália, Espanha, Portugal e Grécia). Do outro lado, um regime monetário apontado à estabilidade de preços e, por consequência, gerador de uma moeda forte , e a que, por oposição ao anterior, se designa por " euro forte " (onde estão, no gráfico: Alemanha, Áustria, Holanda e Bélgica). Entre esses dois grupos ficam dois países, com um desempenho intermédio, e que, por isso, se designam como grupo "meio caminho" ( França e Finlândia).

 

III. Narrativa da Crise "Os dois desequilíbrios económico-financeiros atrás apontados (peso do PIB e da população) determinaram um poderoso desequilíbrio nas relações de poder entre os grupos " euro forte " e " euro fraco ", susceptível de cristalizar rigidez, "constituintes" e conceptuais, da zona. Esta é, pois, a grande conclusão a retirar da experiência dos 14 anos de vida do euro . E é a partir dela que tem que ser pensada a solução do problema de que a actual crise é uma emanação." V. Ausência de quadro mental "Quando a crise rebentou, na Grécia, as autoridades europeias não tinham, pura e simplesmente, quadro mental - nem legal, nem institucional! - para lidar com ela. E daí a confusão, as hesitações e os erros por que começou a reacção oficial."

 

A ARQUITECTURA INSTITUCIONAL DO EURO Com a criação do euro , pensou-se que se conseguiria ser mais eficaz no desiderato da convergência das ordenações de preferências do que se havia sido nas precedentes formas de cooperação monetária europeia. Mas, mais uma vez, cada lado - " euro forte " e " euro fraco " - pensou que as novas circunstâncias monetárias forçariam o "outro lado" a "converter-se" aos seus princípios: de um lado, acreditou- se que, sem o marco, a eficiência alemã teria que convergir para a média; e, do outro lado, acreditou-se que, forçando o euro a seguir as regras do marco, se forçaria o outro lado a alinhar a sua eficiência e o seu funcionamento pelo rigor alemão. A Alemanha - e, em particular o seu banco central, o Bundesbank - foi um relutante participante na União Monetária, por não estar disposta a prescindir da segurança proporcionada pela sua moeda e pelo rigor monetário que a sustentava, e por não acreditar que a maioria dos demais países estivesse disposta a alinhar as respectivas preferências pelas suas, esperando que do previsto desalinhamento resultassem tensões desestabilizadoras."

 

VIII. Uma Crise, vários caminhos  Processos de Ajustamento: "A iminência de a Grécia entrar em insolvência expôs uma profunda crise no refinanciamento das dívidas soberanas da chamada "periferia" da zona euro . A possibilidade de os países do " euro fraco "/grupo "greco-latino" ficarem presos numa armadilha de prolongado empobrecimento relativo é, nestas circunstâncias, um risco muito sério. O que, pelos custos sociais e políticos que acarrete, poderá, mais cedo ou mais tarde, voltar a colocar em causa a sustentabilidade social e política das suas permanências na zona euro".

 

SUSTENTABILIDADE DAS DÍVIDAS Sem instrumentos monetários, assegurar integralmente o serviço das dívidas requererá um considerável esforço económico e social que, sem um forte crescimento económico, pode vir a tornar-se politicamente insustentável e desencadear fortes tensões sobre a permanência destes países no euro . Por isso, só muito dificilmente será encontrada uma solução para as dívidas dos países do " euro fraco ", e para o seu regresso ao crescimento económico sustentado, sem um alívio do serviço dessas dívidas - pelo menos nos tempos mais próximos, em que o ajustamento é social e economicamente mais exigente. O regime monetário da zona euro , pela sua natureza, muito dificilmente comportará uma solução que envolva inflação.

 

CRESCIMENTO Os países do " euro fraco " estão assim confrontados com duas situações muito adversas ao seu crescimento nos próximos anos: um rácio de Dívida/PIB demasiado elevado e uma taxa de câmbio real sobrevalorizada, sem instrumentos que permitam a sua rápida correcção. Torna-se necessário, pois, que as medidas contraccionistas que estes países têm que pôr em prática sejam contrabalançadas por medidas expansionistas nos países do "núcleo duro", com espaço financeiro para o fazer, sob pena de toda a zona euro mergulhar numa recessão que, entre outras consequências, poderá levar à exaustão do capital político necessário para resolver a crise e evitar a desagregação da zona euro . Esta é, pois, uma importante lição que tem que ser retirada da lamentável experiência da crise dos anos 1930s.

 

O QUE NASCE TORTO...? Sendo assim e sendo as coisas o que são, o desafio central que a zona euro tem pela frente é o de criar as condições para que todos os seus membros possam partilhar um regime monetário comum e com ele satisfazer as aspirações de bem estar-social das respectivas populações, realizando e desenvolvendo o seu potencial económico.

 

CONSIDERAÇÕES POLÍTICO-ECONÓMICAS A questão central desta crise é, como se disse, a de saber se os países do " euro fraco " / grupo "greco-latino", cada um por si, conseguem adaptar os seus comportamentos às exigências do regime monetário da zona euro e, dentro dessa zona, conseguem satisfazer as aspirações de convergência económica e social das suas populações.(...) Não admirará, por isso, a flagrante divergência dos ritmos de crescimento económico registado entre estes países e os países do alargamento, ao longo da última dúzia de anos.(...) Nestes termos, a união política não é, por si, uma solução para o problema da zona euro . Poderá sê-lo, do ponto de vista formal, na medida em que uma centralização do poder político reprimiria mais facilmente os comportamentos desalinhados com os requisitos do regime monetário e evitaria, por essa forma, consequências financeiras, como as que actualmente se enfrentam. Mas, se não garantir a verdadeira adaptação dos comportamentos desalinhados, o risco de as divergências se traduzirem em caminhos divergentes de desenvolvimento económico, com as regiões do grupo " euro fraco " transformadas em regiões deprimidas da união monetária, é muito grande. Mas se a união política não é, por si, resposta para o problema - tal como também não o é a união fiscal -, já a "federalização" de várias funções, hoje "descentralizadas" nos estados nacionais, é fundamental para uma resposta adequada. Primeiro, a "federalização" dos sistemas bancários nacionais, que, para ser devidamente eficaz, terá que envolver a "federalização" da responsabilidade financeira pública sobre a sua solvabilidade e a segurança dos depósitos. E segundo, pelo menos a "federalização" das prestações sociais que, como os subsídios de desemprego, funcionam como estabilizadores automáticos nas economias nacionais e que, ao nível "federal" - financiados por contributosnacionais indexados ao PIB -, passariam a funcionar como estabilizadores automáticos das dessincronizações de ritmos económicos. Assim como não poderá deixar de incluir programas especialmente destinados a apoiar as regiões mais periféricas da união monetária, quer para as ajudar a reestruturar as respectivas economias - em linha com o já citado conselho do Relatório Delors -, quer para as compensar da desvantagem competitiva que a sua perificidade lhes acarreta dentro do mercado único. Por fim, importa realçar que a União Europeia não pode deixar de ter presente que o mundo se encontra em profunda transformação, da qual resultará, entre outras coisas, uma redistribuição do poder económico e, como consequência, do poder político e da relevância internacional.

(22/03/2013 in Diário Económico)

 

 

Duas culturas, uma moeda. Um convívio (im)possível?
 
Entrevista ao autor  Vitor Bento, que afirma que "A "federalização" de algumas prestações sociais, como é o caso do subsídio de desemprego, deveria fazer parte da receita”. Leia aqui.
 
 
 
Euro Forte, Euro Fraco
publicado por livrosemanias às 18:06
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Sexta-feira, 12 de Abril de 2013

Vítor Bento e João César das Neves lideram o Top Económico

TOP10

Económico

Os livros de gestão

e economia mais

vendidos

de 1 a 7 de Abril de 2013

 

 

1

Euro Forte, Euro Fraco

Vítor Bento

(Bnomics)

 

Entrevista ao autor aqui

 

2

As 10 Questões da Recuperação

João César das Neves

(D. Quixote)

 

Entrevista ao autor aqui

 

3

A Nova Inteligência

Daniel H. Pink (Texto)

 

4

Modelo de Negócio EU

Timothy Clark e Alexander Osterwal

(Dom Quixote)

 

 

5

Basta!

Camilo Lourenço

(Matéria-Prima)

 

Entrevista ao autor aqui 

 

6

It’s not How Good You Are, it´s How Want to Be

Paul Arden (Phaidon)

 

7

Porque Devemos Sair do Euro

João Ferreira do Amaral (Lua de Papel) 

 

Entrevista ao autor aqui

 

 

8

O Nosso Iceberg está a Derreter

John Kotter e Holger Rathgeber (Ideias de Ler)

 

9

O Livro das Decisões

Roman Tschappeler e Mikael Krogerus (Marcador)

 

10

Ganhar com Apostas Desportivas

Paulo Rebelo (Marcador)

e

A Arte da Guerra

Sun Tzu (Evergreen)

 

publicado por livrosemanias às 19:20
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"O turismo (que é o maior sector exportador nacional de bens e serviços) é subestimado"

 "O turismo (que é o maior sector exportador nacional de bens e serviços) é subestimado"

 

 

 

 

Sendo o maior sector exportador nacional de bens e serviços, o turismo é subestimado pela política. O alerta é de Vítor Neto, autor de "Portugal Turismo - Relatório Urgente".

 

 

Sabia que o turismo é o principal sector exportador de bens e serviços de Portugal? Que representa cerca de 14% das exportações - ou, dito de outra forma, soma receitas externas de 8,6 mil milhões de euros, segundo dados do Banco de Portugal relativos a 2012? Saberá ainda que este sector representa 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e 8% do emprego no país? São muitos dados, muitos factos. Mas apenas uma realidade: "Existe uma subestimação económica do turismo em Portugal". Quem o afirma é Vítor Neto, autor de "Portugal Turismo - Relatório Urgente", livro onde o sector é retratado em números. Na entrevista ao programa "Ideias em Estante", no Etv, o autor aponta as falhas e os caminhos com potencial, para que esta actividade se liberte da estagnação que viveu na década de 2000-2010 .

Estando há muito ligado ao sector - chegou a secretário de Estado do Turismo entre 1997 e 2002 -, Vítor Neto sente que tem legitimidade para afirmar que "existe subestimação, a nível institucional, sobre a importância económica do turismo". Afinal, esteve cinco anos no Governo, "passou" por quatro ministros da Economia e mais cinco das Finanças. Uma série de números que o leva a garantir que conhece "as sensibilidades do tema". O ex-secretário de Estado, que é também empresário e gestor, vai mais longe e afirma que "essa é uma batalha ideológica". Este livro propõe-se, assim, a contribuir para essa batalha".

Sobre as expectativas dos empresários, o autor - que é também presidente do NERA ( Associação Empresarial do Algarve) e de outras instituições ligadas ao sector (ver perfil ao lado), adianta que os empresários "estão conscientes das potencialidades do sector. Há preocupação, mas não há descrença". Alerta, contudo, que apesar de o turismo estar vivo, há necessidade de se "combater as ilusões criadas".

E o que falhou? Coisas cruciais. Vítor Neto enumera algumas. "Em Portugal houve uma estratégia de turismo errada." Não existiu um entendimento da natureza e das consequências estruturais que estavam a acontecer no sector. Não se incorporaram as mudanças estruturais e houve um esquecimento das potencialidades reais do país. "Deu-se prioridade, por exemplo, aos grandes empreendimentos imobiliários", afirma Vítor Neto, considerando que isso levou à ilusão de que esses investimentos iriam puxar pelo turismo.

A nível mundial, escreve o autor, "assistiu-se a um crescimento de 266 milhões de turistas, isto é, de 40%. No seguimento de um crescimento de 239 milhões na década anterior. Em 20 anos, um crescimento de 116%. A nível da Europa, o maior destino turístico do mundo, o crescimento entre 2000 e 2010 foi de 90 milhões de turistas, ou seja, 23%. A Europa cresceu 213 milhões de turistas estrangeiros entre 1990 e 2010, mais de 80%. É significativo que a Turquia, entre 2000 e 2010, tenha crescido 181% e a Croácia 77%. A Espanha atingiu 56,7 milhões de turistas em 2011, um crescimento de 22% em relação a 2000. E a Grécia, com 15 milhões de turistas, teve um crescimento de 15% entre 2000 e 2010."

E Portugal? "Entre 2000 e 2010, as entradas de turistas estrangeiros em Portugal terão caído de 12 para 11 milhões. Portugal terá perdido nesse período um milhão de turistas estrangeiros, isto é, cerca de 8%." Em termos comparativos, "a própria França e Itália, 1º e 5º destinos mundiais, que representam cerca de 25% do turismo da Europa, cresceram sete milhões de turistas no mesmo período". Como refere Vítor Neto, "não basta "corrigir" os objectivos, propor metas menos ambiciosas, procurar novos mercados e proclamar que a prioridade é 'vender! Vender!'… Impõe-se uma estratégia coerente assente numa visão realista."

 

Vítor Neto

Natural do Algarve, foi Secretário de Estado do Turismo de 1997 a 2002. Empresário e gestor, preside à comissão organizadora da BTL, é presidente do NERA, vice-presidente da AIP e membro da direcção da CIP-CEP. É ainda cônsul honorário de Itália no Algarve.

 

(In Ideias em Estante, 12/04/2013, Diário Económico)

publicado por livrosemanias às 17:31
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Quarta-feira, 10 de Abril de 2013

Educação Financeira das Crianças e Adolescentes - Lançamento hoje

Será lançada, hoje, às 19h, na Fnac do Colombo, em Lisboa, a nova obra de Ricardo Ferreira.

"Educação Financeira das Crianças e Adolescentes"(Escolar Editora).

 

Irei realizar a apresentação deste livro, que considero, desde já, de desejável leitura. Para pais e filhos.

 

 

 

 

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Terça-feira, 9 de Abril de 2013

Morreu uma voz crítica "da decadência moral e social do Ocidente"

 

"Morreu o escritor e economista espanhol José Luis Sampedro" in jornal Público.

 

"José Luis Sampedro foi um crítico acérrimo daquilo que considerava ser a decadência moral e social do Ocidente.

 

«Escritor, humanista e economista. José Luis Sampedro, “um revolucionário tranquilo”, como lhe chama hoje o El Mundo por se ter tornado numa referência do 15-M, conhecido como o movimento dos “indignados”, morreu na madrugada desta segunda-feira aos 96 anos. A família só anunciou a morte esta terça-feira, já depois do funeral do escritor."»

 

Leia mais aqui.

 

 

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publicado por livrosemanias às 16:09
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Sexta-feira, 5 de Abril de 2013

"O nosso casamento com a moeda única deve acabar"

 

                                                                    

"O nosso casamento com a moeda única deve acabar"

 

 

ECONOMISTA APONTA AS VANTAGENS DE SAIR DO EURO: DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL E EMISSÃO DE MOEDA. E O PROBLEMA DA INFLAÇÃO? VAI EXISTIR, MAS ESSE SERÁ UM MAL MENOR.

 

Nunca defendeu o euro. Foi contra a adesão de Portugal à moeda única e, durante algum tempo, uma das raras vozes, senão a única, que "falava contra". Apoiou, no entanto, a adesão à então Comunidade Económica Europeia (em 1986). Mas, se a União fosse então a mesma que é hoje, a minha posição teria sido diferente". Depois de o País ter entrado na zona euro - e durante algum tempo - calou-se. Não falou contra. Esteve em silêncio durante cerca de três anos. Porém, a actual situação político-económica leva-o a escrever " Porque devemos sair do Euro - O divórcio necessário para tirar Portugal da crise", livro que será lançado no próximo dia 9.

No programa 'Ideias em Estante', em entrevista que poderá ser vista no Etv e no blogue Livros&Ecolemomanias, Ferreira do Amaral - que vê com enorme tristeza o país "reduzido à sua pior situação desde há muitas décadas" - afirma que o país está bloqueado, não tem futuro, as gerações mais novas não têm emprego. E, ou têm que sair do país, ou ficam desempregadas."Há também a sensação de que o país deixou de ter capacidade de crescimento económico" e tudo isso ao mesmo tempo que as dívidas pública e externa se acumulam e atingem níveis muito elevados. "E, sem crescimento económico e com dívidas grandes e sem emprego, é evidente que toda a gente esta inquieta quanto ao futuro".

O que fazer? "Sair do euro", mas de forma organizada, defende o autor. No livro, o economista e professor recorre a uma analogia para descrever a realidade: "O nosso casamento com a moeda única, como todos os casamentos falhados, deve acabar". Defende ainda que "a ideia de sair do euro impõe-se para que seja possível incentivar a produção de bens transaccionáveis. Ou seja, de bens que são susceptíveis de exportação ou de substituição de importações". Como explica, quando se desvaloriza uma moeda, existe uma espécie de subsídio à produção da agricultura, indústria, turismo estrangeiro, outros serviços. E o inverso sucede quando temos uma moeda muito forte, esclarece Ferreira do Amaral, afirmando que, nesses casos, as actividades são penalizadas e a tendência será a da produção se virar para o mercado interno em sectores protegidos da concorrência externa. E foi isso que aconteceu. O resultado? O país não aguentou uma moeda forte. Sempre frontal, Ferreira do Amaral apresenta mais um factor de perigo: caso continuemos com a moeda única,"temos um enorme risco do euro se valorizar face ao dólar. E isso já aconteceu em 2008".

Para quem argumenta que a eventual saída do euro seria um desastre via "aumento do peso da dívida", o autor afirma que "esse é um grande erro de análise." A dívida será a mesma depois de sairmos do euro, diz, acrescentando que o instrumento normal para problemas de endividamento externo é a desvalorização cambial. Sobre o risco-país, garante que esse "não aumenta, porque se for credor fico mais descansado por saber que o país passa a ter uma moeda compatível com a sua estrutura produtiva". Alerta, no entanto, para outro problema: a dívida em moeda nacional. Mas aí "o Estado pode substituir os devedores junto da banca no montante de aumento da dívida, que resulte da desvalorização cambial", conclui.

"Sair do Euro não é só uma questão de desvalorização cambial é também uma questão de emissão monetária". Sobre a questão da inflação, Ferreira do Amaral admite que "vai existir. E vai ser maior". Mas, pergunta, "o que é pior? Ter um pouco mais de inflação, emprego e crescimento económico ou não ter inflação e o país definhar? No livro, o final dos protagonistas principais não é "e viveram felizes para sempre". Ao invés o autor advoga que o divórcio tem de acontecer.

 

Porque Devemos Sair do Euro

- O divórcio necessário para tirar Portugal da crise Autor: João Ferreira do Amaral Editora: Lua de Papel 126 páginas | 14 ¤

 

Por Mafalda de Avelar autora da coluna "Ideias em Estante", publicada no DE (5/4/13) 

publicado por livrosemanias às 21:21
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