TOP 10
Económico
Os livros de gestão e economia mais vendidos de 16 a 22 de Setembro de 2013
1
O Meu Programa de Governo
José Gomes Ferreira
(Livros de Hoje)
Entrevista ao autor no blogue deste espaço
2
O Preço da Desigualdade
Joseph E. Stiglitz
3
Da Corrupção à Crise
Paulo de Morais
(Gradiva)
Entrevista ao autor e pré-publicação da obra
no blogue deste espaço
4
Os Privilegiados
Gustavo Sampaio (Esfera dos Livros)
5
A Crise, a Troika e as Alternativas Urgentes
V.A. (Tinta da China)
6
Braga Parques - a Hora da Verdade
V.A. (Aletheia)
7
Má Despesa Pública nas Autarquias
Bárbara Rosa e Rui Oliveira Marques (Aletheia)
8
O Poder Angolano em Portugal
Celso Filipe (Planeta Manuscrito)
Entrevista ao autor no blogue deste espaço
9
Basta!
Camilo Lourenço (Matéria Prima)
Entrevista ao autor no blogue deste espaço
10
O Monge e o Executivo
James C. Hunter (Marcador)
O TOP ECONÓMICO é elaborado com a colaboração da Almedina, Babel, Barata, Bertrand, Book.it, Bulhosa e Fnac.
Este TOP é parte integrante da coluna "Ideias em Estante", da autoria de Mafalda de Avelar
LIVROS
SAIBA QUAL A URGÊNCIA DE UM NOVO IRC, ENTENDA AS INQUIETUDES DE EMMOTT, CIENTISTA VANGUARDISTA DO MOMENTO, E CONHEÇA, AINDA, ALGUMAS DICAS DE "COMO TRABALHAR PARA UM IDIOTA". NO MEIO DE TUDO ISTO BATA PALMAS A DANIEL SILVA E A JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS, AUTORES QUE FAZEM MEXER AS CAIXAS REGISTADORAS.
No final do século XXI seremos dez mil milhões
"Há dez mil anos éramos somente um milhão. Por volta de 1800, há pouco mais de 200 anos, éramos mil milhões. Por volta de 1960, há 50 anos, éramos três mil milhões. Agora somos mais de sete mil milhões. Por volta de 2050, os seus filhos, ou os seus netos, viverão num planeta com pelo menos nove mil milhões de pessoas. Pelo final do século serão pelo menos dez mil milhões, talvez mais." Como chegámos a esta situação é o que o autor de "Dez mil milhões", explica. De leitura fácil, favorecida por uma apresentação ao estilo "pontos importantes a lembrar", Stephen Emmott, reconhecido por ser um cientista vanguardista, que coloca na mesma equação áreas distintas do saber, questiona o futuro. Um livro que nos leva a pensar "o que andamos a fazer?" e "para onde caminhamos?". Inquietante esta obra é de leitura obrigatória. Em resumo, o seu trabalho usa o passado e a forma como a civilização evoluiu para ajudar a enfrentar o futuro.
"Dez mil milhões -Enfrentando o nosso futuro", de Stephen Emmott | Temas e Debates | 212 páginas | 12,20 euros
(disponivel a partir de dia 4 de Outubro)
A urgência de um novo IRC
"Nenhum imposto tem um alcance tão directo na competitividade como o IRC" lê-se nesta obra técnica, onde é explicado o impacto e o alcance do IRC . Um imposto, que segundo a opinião dos autores, tem que ser reformado isto porque tem "de ser um melhor IRC, quer na perspectiva interna, reduzindo ineficiências e custos excessivos de cumprimento, quer na perspectiva externa, tornando o nosso sistema fiscal competitivo, num espaço aberto e sem fronteiras". Apelado à urgência da Reforma Fiscal, Paulo Mendonça, um dos co-autores desta obra, explica em entrevista " Ideias em Estante " (ETV), as implicações deste imposto para a vida das empresas portuguesas, em particular; e para o desenvolvimento do país, de uma forma geral. Um livro, que chega em boa hora. No momentum em que se discute a "Reforma Fiscal", a "tal reforma" ....
"O Novo IRC", António Neves, Carlos Lobo, João Sousa, Paulo Mendonça e Pedro Paiva (Ernst & Young) Almedina |234 páginas | 15 euros
Como trabalhar para um idiota... e sobreviver
"Sobreviva e prospere no trabalho sem matar o seu chefe" esta é uma das dicas deste novo bestseller do "The New York Times", que está a dar que falar!
Com uma grande dose de humor, John Hoover, "ex-chefe, às vezes idiota, na Walt Disney, no meio de uma brincadeira e outra, lá vai dizendo umas verdades. Sobre o seu chefe, claro está! Auto-denominado de "Chefe Idiota em recuperação", Hoover dá muitos conselhos. Entre eles - e caso considere que tem um chefe idiota - descubra nesta obra "como parecer mais burro do que ele ( chefe) e salvar o emprego"; "como não ser repreendido por ter feito bem as coisas"; "como falar a sua língua e entender o que ele diz" e "o que fazer ao almço quando ele tem alface nos dentes".
"Como Trabalhar para um Idiota", de John Hoover | Marcador 278 páginas | 15 euros
Daniel Silva e José Rodrigues dos Santos nos 'tops'
O luso-descendente Daniel Silva, escritor "nº1 do New York Times", terá a sua obra disponível em Portugal no próximo dia 4 de Outubro. "O anjo caído" é o mais recente livro, em Portugal, deste filho de um casal de açorianos. Quem também continua a escrever e a liderar 'tops' de venda nacionais e internacionais, é o jornalista José Rodrigues dos Santos, que está, segundo nota de imprensa da sua editora, "pelo segundo ano consecutivo no top de vendas de França". "A Fórmula de Deus" chegou a render-lhe o primeiro lugar do pódio, em França; a mesma obra "chegou este ano a n.º 2 nos tops de Itália e a nº 3 nos tops da Bulgária". A sua recente editada obra "O Homem de Constantinopla" ocupa já o n.º1 dos principais tops de vendas de Portugal.
"O Anjo Caído", Daniel Silva | Bertrand | 400 páginas | 17,70 ¤
"O Homem de Constantinopla", de José Rodrigues dos Santos | Gradiva | 504 páginas | 22 euros
Data: 27/09/2013
Publicação: DIÁRIO ECONÓMICO
Autor: MAFALDA DE AVELAR
Ambos partilham a ambição de escrever. E, como foi revelado pelo Económico, Sócrates estará junto a Álvaro, com livros distintos, nas estantes das principais livrarias portuguesas. Boas leituras? "Je ne sais pas", dirão alguns colegas de Paris. Já os colegas do Álvaro, por cá, estarão ansiosos por ler "afinal" tudo o que se passou. Exclamações, interrogações... o certo é que "o mundo não pára de surpreender"....
Se tiver curiosidade não deixe de ver a entrevista a Álvaro Santos Pereira. Registo este realizado umas semanas antes de ser nomeado Ministro da Economia. Hoje já deixou o Governo. Agora, volta a escrever....
Veja aqui: http://livrosemanias.economico.sapo.pt/59904.html
Já é conhecida a short-list do Financial Times
"The Alchemists", de N. Irwin;
"Making it Happen", de Iain Martin;
"Big Data: A Revolution That Will Transform How We Live, Work, and Think", de Schönberger e K. Cukier;
"The Billionaire's Apprentice: The Rise of The Indian-American Elite and The Fall of The Galleon Hedge Fund", de Raghavan;
"Lean In: Women, Work, and the Will to Lead", de Sheryl Sandberg;
"The Everything Store: Jeff Bezos and the Age of Amazon", de B. Stone
Fique com as sugestões desta semana no "mundo dos livro". Boa leituras!
Classe média servida com crise, 'troika' e um índice de felicidade
A CRISE, A 'TROIKA' E AS NECESSIDADES DA CLASSE MÉDIA SÃO OS TEMAS DA SEMANA NO MUNDO DOS LIVROS. UMA 'RENTRÉE' MARCADA TAMBÉM POR UM LIVRO QUE FALA DO OPTIMISMO NECESSÁRIO PARA VENCER A CRISE E SER FELIZ. "ÍNDICE MÉDIO DE FELICIDADE", DE DAVID MACHADO, É UM ROMANCE, DO MUNDO DA FICÇÃO, QUE DESCREVE A REALIDADE ECONÓMICA .
"A Crise, a Troika e as Alternativas Urgentes", de vários autores | Tinta da China | 192 páginas | 11 Euros
Um manual para entender o estado de Portugal
Na mesma semana em que a incerteza sobre a necessidade de pedir um novo resgate volta com força, numa espécie de 'rentrée' depois dos "dias dos banhos", este livro é de leitura obrigatória. Regresso aos mercados: sim ou não? Quais as implicações deste programa para o futuro de Portugal? Que alternativas seguir? Tudo questões pertinentes e que requerem respostas prontas. Bem organizado, este trabalho apresenta-se como um bom manual para entender onde estamos e como podemos sair deste 'fosso'. "O presente livro vem animar as controvérsias acerca do programa de ajustamento imposto a Portugal pela 'troika'", assim escreve o economista José da Silva Lopes sobre o livro da co-autoria de Alexandre Abreu, Hugo Mendes, João Rodrigues, José Guilherme Gusmão, Nuno Serpa, Nuno Teles, Pedro Delgado Alves e Ricardo Paes Mamede.
"Análise de Projetos de Investimento", de Leonilde Megre | Sílabo | 260 páginas | 17,80 Euros
Guia para preparar projectos bem sucedidos
Para alguém que quer investir e não sabe como, ou se, muito simplesmente, está a estudar e necessita de saber mais sobre análise de projectos, então esta obra foi feita a pensar nesses casos. De carácter académico, este livro também é útil para profissionais. Além de identificar conceitos e procedimentos, através das boas práticas, este manual funciona ainda como um guia indispensável que explica como elaborar estudos, análises e planos de investimento. Óptimo na hora de estudar, é muito útil na hora de embarcar pelo "tal projecto de investimento" que, para ser bem sucedido, também necessita de ser bem analisado. Tudo isso para que a autora, Leonilde Megre, atinja o seu principal objectivo: promover boas decisões financeiras e políticas que levem ao desenvolvimento económico-social. E tudo sem perder de vista o ambiente económico que hoje se vive nos mercados e nas empresas, essencial para antecipar o sucesso de qualquer projecto.
"Euro Pesadelo - Quem Comeu a Classe Média?", de Aleix Saló | Bertrand Editora | 192 páginas | 14,10 Euros
As origens da crise europeia em versão ilustrada
"Que diabo significa ser europeu?" é uma das questões-chave levantadas neste livro ilustrado da autoria de Aleix Saló que, logo na abertura, alerta que "um fantasma percorre a Europa. E o que é? "É o fantasma da pobreza, que se estendeu pelo continente apanhado toda a gente de surpresa", responde. O livro é uma viagem com humor, contada pelo traço e pelas palavras de "uma figura destacada da moderna contracultura espanhola". E o que transmite este artista? Indignação e grande dose de realismo. Que melhores palavras do que as que se seguem para descrever o que está a acontecer na Europa? "Os cidadãos passaram, em tempo recorde, da abundância à escassez, das conversas sobre desporto a discussões sobre economia, défice e dívida. As filas, na rua, já não são para comprar alguma coisa, mas sim para os centros de emprego". E até os bancos deram lugar a casas de penhores. Um filme (de terror) onde todos tremem.
"Índice Médio de Felicidade", de David Machado | Dom Quixote | 256 páginas | 14,90 Euros
Qualquer semelhança com a felicidade real não é pura ficção
"De repente, porém, tudo se complicou: Portugal entrou em colapso e Daniel perdeu o emprego, deixando de poder pagar a prestação da casa; a mulher, também desempregada, foi -se embora com os filhos à procura de melhores oportunidades; os seus dois melhores amigos encontram-se ausentes." Poderia ser um caso real, um caso contado em reportagem, um exemplo real. E, no entanto, surge assim num romance ficcionado. Um romance sobre um optimista que luta pela tão desejada (mas "diminuída") felicidade. David Machado, autor do aplaudido "Deixem Falar as Pedras", rompe nesta obra com um dos muitos tabus da nossa sociedade "dita desenvolvida" e fala da felicidade. Tudo isto sem grandes lamechiches e com muito "poder", sem perder de vista um feliz trocadilho com a linguagem dos abstractos indicadores económicos que dá o mote ao título. Para uma boa e feliz leitura.
(Ideias em Estante de 20/09/13 in DE)
Entrevista "Ideias em Estante" com Francesca Ambrogetti, autora do livro "Papa Francisco - Conversas com Jorge Bergoglio".
(18 de Junho de 2013)
AS REDES SOCIAIS ESTÃO A REVOLUCIONAR OS NEGÓCIOS. SAIBA COMO TIRAR REAL PROVEITO DESTAS PLATAFORMAS E QUAIS OS PRÓS E CONTRAS DESTES MEIOS VIRTUAIS.
Tirar partido das redes sociais implica definir e entender todo este novo paradigma que revoluciona os negócios e as percepções. Leticia Borges e Carolina Afonso, autoras de 'Social Target', deixam algumas dicas sobre as práticas mais eficazes para ter sucesso no mercado e atrair clientes para o seu negócio. Uma conversa que pode acompanhar no programa 'Ideias em Estante', no Etv.
Qual a importância de definir um 'social target' [alvo social]?
As redes sociais vieram revolucionar o marketing e a gestão proporcionando às empresas um novo canal de interacção com o seu público-alvo e também uma poderosa ferramenta de auscultação do mercado, dos 'stakeholders' e. em especial. dos seus clientes em tempo real. Definirmos o nosso 'social target' significa desenvolver uma estratégia de redes sociais integrada onde é possível planificar, determinar as métricas relevantes e obter uma análise efectiva dos resultados a medir a frequência, o alcance e o retorno do seu investimento, optimizando os recursos de 'marketing' e serviço ao cliente privilegiando em contacto directo e personalizado com os seus diversos públicos e objectivos. Uma empresa que decida implementar uma estratégia de redes sociais integrada e focada no seu negócio terá a oportunidade de se diferenciar da sua concorrência, solidificar o seu posicionamento e acrescentar valor para o cliente.
Quais os maiores desafios e oportunidades para as empresas nesta realidade virtual?
A nova realidade virtual em que vivemos facilita as ligações e a comunicação instantânea entre as pessoas, o que pode influenciar a percepção colectiva sobre uma empresa ou produto. Sendo assim, as redes sociais criaram novos desafios para os 'marketeers', publicitários, gestores e empresários que terão que aprender, reinventar-se e complementar as formas tradicionais de 'marketing'. O grande desafio está na elaboração de um plano de 'marketing' integrado em que as redes sociais são parte da estratégia como um todo, criando a ponte entre o 'offline' e o 'online', permitindo uma maior coerência e uniformidade em termos de comunicação e criando sinergias no negócio.
E oportunidades?
Uma das grandes oportunidades é a capacidade que as redes sociais facultam de estar onde estão os consumidores. As pessoas passam cada vez mais tempo nas redes sociais e têm cada vez mais influência nas decisões de compra dos seus 'peers'. As marcas encontram aí um terreno fértil para criar vínculos, afinar a transmissão da sua mensagem e imagem e com isso potenciar as suas acções de 'marketing'. A auscultação do mercado, parceiros e concorrência em tempo real é outra das grandes dádivas das redes sociais. A marca ganhou nas redes sociais a possibilidade de aprender o que é importante para os seus consumidores. Esta aprendizagem facilita a construção da marca em si e desenvolve lealdade ao produto.
Quais os principais 'meios' usados pelas empresas e cidadãos ?
Depende muito da audiência, do produto e dos objectivos do negócio. O conteúdo é fundamental para a penetração e alcance da marca nas redes sociais e os 'meios' escolhidos estão intimamente ligados a ele, já que o canal determinado fará a ponte entre o conteúdo e o 'target'. O conceito SoLoMo (Social Local e Mobile) tornou-se realidade na forma como os consumidores pretendem o conteúdo. Os avanços da mobilidade e da oferta de dispositivos móveis que nos permitem aceder a informação a qualquer hora e em qualquer lugar, coloca desafios e garante oportunidades no processo de criação do conteúdo. Para decidir o 'mix' nas redes sociais a marca tem que buscar conhecer em profundidade a sua audiência e o também processo de compra do seu produto e identificar as plataformas capazes de criar pontos de contacto em cada fase. Para uma marca de produtos em fotografia, por exemplo, as plataformas principais a serem trabalhados serão as que focam em imagens, como o Pinterest, Flickr e Instagram. Já um produto voltado ao público feminino poderá decidir estar no Pinterest, que é uma rede social onde a maioria dos utilizadores é mulher.
Principais prós e contras destes meios?
A principal vantagem de integrar as redes sociais na estratégia é a facilidade de acesso e a riqueza de possibilidades que elas permitem, e uma das principais desvantagens é a exigência de recursos e as barreiras tecnológicas envolvidas no processo. Ter conteúdos interessantes para partilhar é muito importante e determinante para o 'engagement' que procura criar com a sua audiência. Além de medir a viabilidade da acção, é importante analisar o potencial da informação que dispõe para ser trabalhada nas redes sociais. Além do tipo de conteúdos, é preciso listar a frequência com que os produz.
E qual a chave de sucesso do tumblr?
O Tumblr é uma plataforma que funciona como um meio termo entre o 'microblogging' como o Twitter e um blogue como o WordPress. Por outras palavras, o Tumblr não é tão minimalista como o Twitter e não é tão complexo quanto criar e administrar um blogue, por exemplo. O serviço é gratuito e qualquer pessoa pode criar a sua conta e fazer 'posts' sobre o que desejar. Trata-se da rede mais popular entre a faixa etária dos 13 aos 25 anos, mais do que do que o Facebook. Algumas das razões que o tornam popularé que a rede é predominantemente jovem, sendo que desta forma os jovens evitam o controlo parental de que são alvo no Facebook, por exemplo, onde estão lá os pais e outros adultos. Outra das razões é a sua facilidade de utilização.
(Publicado no Diário Económico a 06/09/2013, por Mafalda de Avelar)
Este post encontra-se também disponível no blog www.livrosavoltadomundo.blogs.sapo.pt
"Investir nos mercados é uma atitude, não um desejo"
NÃO HÁ INVESTIMENTOS SEM RISCOS. A DIVERSIFICAÇÃO É A CHAVE. E ATENÇÃO: ALTAS RENTABILIDADES ESTÃO ASSOCIADAS A UM MAIOR RISCO. AS BOAS NOTÍCIAS? AS BOLSAS ESTÃO A SUBIR. DOW JONES REGISTA MÁXIMOS
Depois da crise vem a bonança. Mas será que a crise que assola os mercados financeiros está perto do fim? Para os mercados accionistas, o pior parece já ter passado e paulatinamente os ganhos voltaram às principais bolsas de valores norte-americanas. Na Europa a fragilidade da União a 27 e os fracos pilares que sustentam a zona euro têm prolongado a depressão nos mercados de dívida e atiraram os países periféricos para uma zona cinzenta", afirma Miguel Gomes da Silva, autor de " Bolsa - Investir nos Mercados Financeiros" (Bookout), obra que acaba de ser lançada e que esteve na base da entrevista "Ideias em Estante", que pode ser vista na íntegra no ETV.
Nesta conversa o economista, que é autor de "Bolsa - Investir e Ganhar Mais (2007) e "Pântano do Cisne" (2010), é peremptório quanto à importância de entender - bem - a dinâmica da bolsa: "Dar o meu contributo para o aumento da literacia financeira para que as pessoas possam saber onde investir, onde colocar o seu dinheiro, foi o meu objectivo", afirma Gomes da Silva, que é director da sala de mercados do Montepio.
Num momento de crise financeira, em que a descrença é - para a generalidade das pessoas - grande, as bolsas começam a animar.
"Os Estados Unidos estão a fazer máximos históricos", afirma Gomes da Silva referindo-se, por exemplo, ao Dow Jones. Será que a confiança voltou a estar presente? "A confiança voltou a estar presente nos mercados financeiros. Os mercados financeiros antecipam, por norma, e isto tem sido estudado ao longo dos tempos, entre seis meses a um ano, aquilo que é a realidade da economia no terreno" explica o economista. E o que acontece é que "nesta altura existe a percepção, por parte dos investidores, que estamos a bater num fundo em termos de comportamento dos vários produtos a nível das principais geografias".
"Nos Estados Unidos estamos com crescimento económico a 2,5%. Ou seja, a velocidade de cruzeiro". Isto é: "A confiança voltou ao mercado de capitais por esta via. As pessoas começam a perceber que daqui a um tempo vai existir recuperação económica" porque chegamos a um ponto em que os agentes económicos consideram que já não se pode cair mais e por isso investem. Como afirma o jornalista Nicolau Santos, no prefácio desta obra, "se todo o mundo é composto de mudança, com escreveu Luís Vaz de Camões, os mercados financeiros não escapam à regra." Por isso mesmo é necessário entendê-los , entender o perfil do investidor e as dinâmicas que ocorrem na economia, como esclarece o autor.
Neste livro, que constitui um manual para quem quer investir, ou simplesmente entender os mercados, o autor começa por dedicar um capítulo ao conhecimento dos activos financeiros. Explica depois "os segredos a saber" para negociar na Bolsa e os instrumentos práticos de análise. Escreve também sobre obrigações, ETF´s, CFD´s, Forex, derivados, Fundos e apresenta conceitos e estratégias de investimento nos canais tradicionais e nas novas plataformas de trading, em produtos simples ou alavancados.
Bolsa - Investir nos Mercados Financeiros
Miguel Gomes da Silva, autor desta obra, é licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra e tem Mestrado Executivo em Mercados Ativos Financeiros pela CEMAF/ISCTE.
É Director da sala de Mercados do Montepio e administrador da NovaCâmbios.
(Por Mafalda de Avelar /10/05/2013/ DIÁRIO ECONÓMICO)
TOP 10
Económico
Os livros de gestão e economia mais vendidos de 2 a 8 de Setembro de 2013
1
O Meu Programa de Governo
José Gomes Ferreira
(Livros de Hoje)
Entrevista ao autor no blogue deste espaço
2
Da Corrupção à Crise
Paulo de Morais
(Gradiva)
Entrevista ao autor e pré-publicação da obra
no blogue deste espaço
3
Os Privilegiados
Ricardo Sampaio (Esfera dos Livros)
4
O Monge e o Executivo
James C. Hunter (Marcador)
5
A Crise, a Troika e as Alternativas Urgentes
V.A. (Tinta da China)
6
O Livro da Mudança
Mikael Krogerus e Roman Tscha (Marcador)
7
Aprenda com a Máfia
Louis Ferrante (A Esfera dos Livros)
8
Steve Jobs
Walter Isaacson (Objectiva)
9
Vencedoras por Opção
Jim Collins (SmartBook)
10
As Lições dos Descobrimentos
Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas (Centro Atlântico)
O TOP ECONÓMICO é elaborado com a colaboração da Almedina, Babel, Barata, Bertrand, Book.it, Bulhosa e Fnac.
Este TOP é parte integrante da coluna "Ideias em Estante", da autoria de Mafalda de Avelar
A carta de demissão saltou da montra da sapataria para a Internet.
"A crise pode ser uma oportunidade para motivar e liderar"
O 'coach' Rui Lança defende que as equipas de elevado desempenho produzem resultados excepcionais - algo que conduz à vitória. Quanto à crise, essa trouxe a constatação de que quem vence, fá-lo mais em equipa do que de forma individual, mesmo sem perder o talento.
Quem não sonha em ter um chefe que o motive? Qual é o chefe que não quer produzir bons resultados? "Todos" parece ser a resposta óbvia. Porém, entre o sonho e a realidade, por vezes, vai uma longa distância - quilómetros que podem ser aniquilados se a formação de equipas de elevado desempenho for uma prioridade para a organização, defende Rui Lança, 'coach' e autor de "Como formar equipas de elevado desempenho". Em entrevista ao 'Ideias em Estante' (programa do Etv), Rui Lança explica a importância da motivação e das boas chefias. Conheça algumas das suas ideias-chave sobre o tema.
Como se criam equipas de elevado desempenho?
A formação de qualquer equipa passa por diversas fases. Mais do que isso, o que distingue a criação de uma e outra equipa é o tempo que se precisa para formar, que níveis de maturidade colectiva se atingem e qual a identidade que se consegue. Mas esta não é uma ciência exacta, está dependente da capacidade de perceber e dominar um conjunto de situações. As equipas de elevado desempenho conseguem ter um foco muito bem definido. Um equilíbrio de grande exigência quer ao nível comportamental e de identidade, quer em termos de competências para as tarefas em que essa equipa trabalha. Conseguem atingir essas equipas quando as pessoas atingem uma autonomia de trabalho e de saber-agir, porque possuem um desejo enorme de querer ser sempre melhores e estas equipas são geralmente lideradas por alguém muito 'coach', situacional e flexível.
Quais as maiores barreiras à criação dessas equipas?
Destacaria dois pontos: estas equipas 'exigem' um conjunto de competências comportamentais que não são muito fáceis de achar nas pessoas. Os elementos destas equipas têm uma grande capacidade de comunicar de forma eficiente uns com os outros, têm constantemente uma predisposição para se ajudarem uns aos outros e isto implica cooperação. A sua visão colectiva é acima da média, ou seja, percebem a importância do colectivo para atingirem o êxito, os objectivos e estão mais comprometidos com isso do que as outras equipas. A outra barreira está mais relacionada com a capacidade de saber coabitar e gerir diversas pessoas diferentes com objectivos e formas de motivação distintas, por exemplo. Especialmente quando elas, tecnicamente, apresentam qualidade e não entendem a cedência a vários níveis que têm de optar em prol da equipa.
Em períodos de crise é mais difícil formar boas equipas?
Os períodos de crise podem ser a tal oportunidade se existirem os recursos necessários para cativar, motivar, liderar e direcionar as pessoas. Pode ser utilizada a tal superação! Mas os tempos de crise valorizam as equipas que têm os seus processos de saber-estar mais sustentáveis. Considero que a crise de valores sociais e hábitos de saber cooperar com alguém são mais profundos e negativos que a crise financeira. A crise trouxe a este nível uma grande vantagem: a constatação de que quem vence, fá-lo mais em equipa do que de forma talentosa, mas individual.
Qual a importância de um bom líder?
O líder é parte do processo para conseguir bons resultados em equipa. Depende do contexto, mas o líder tem uma grande importância e responsabilidade nas pessoas que lidera e tem actualmente um grande desafio que é a necessidade premente de formar outros líderes. Hoje também se cobra mais ao líder… a exigência torna este processo de líder/liderado muito mais interessante!
O que define um bom líder ?
Dos vários estilos que geralmente são referenciados e estudados, considero que não existe um melhor que outro. Penso que, perante os diferentes contextos e objectivos, existem estilos mais apropriados que outros. Os que estão normalmente à frente deste tipo de equipas são líderes que incluem muito as pessoas no processo e nas metas, conseguem gerar muito compromisso com o todo, ou seja, as pessoas, o grupo e os objectivos. Têm um grande impacto comunicacional com a sua equipa, seja de que forma for, consegue ser empático e consegue ir formando a vários níveis as pessoas e ser flexível.
Que conselhos dá a quem quer formar uma equipa?
Para formar uma equipa há que ter primeiro uma razão para que ela exista e se forme. Pode parecer redutor, mas as equipas precisam de orientação e direcção. E esta orientação é alimentada por várias peças: liderança, motivação, objectivos individuais e colectivos, sentido de existência por exemplo. A partir do momento em que se sabe para que existe a equipa e o que se pretende executar e conquistar, é preciso encaixar uma série de factores: quem vai liderar, que valores de saber-agir se pretendem nas pessoas que queremos colocar dentro da equipa, que recursos existem e temporizar tudo. É fundamental. capacidade de impacto comunicacional é muitas vezes transmitido. Conseguir penetrar nas pessoas, saber como as motivar, mover, liderar, exigir, alinhar, etc. É um processo mesmo muito interessante.
"Toda a minha vida, tudo o que fiz, tudo o que escrevi e escreverei, está marcado pelo sonho e o desejo que me transmitiu esse pássaro louco que dá corda ao mundo", escreve o chileno Luis Sepúlveda, autor de uma vasta obra e senhor de uma voz "que não se cala". Ou, dito de outra forma, "que não se conforma". Sempre atento "às injustiças", Sepúlveda "grita" nesta obra. Um desabafo que transmite revolta face à actual crise. Ao longo de 122 páginas, o chileno não se esconde e fala sobre si e sobre os seus. Da família aos amigos, uma distinta lista onde José Saramago, Tonino Guerra e Pablo de Neruda são mencionados.
"Palavras em tempos de crise", de Luis Sepúlveda (tradução de Henrique Tavares e Castro), Porto Editora, 122 páginas, 13,30¤
Rui Lança reúne experiências e testemunhos em livro
'Coach' e formador, o autor de "Como formar equipas de elevado desempenho" junta os casos e testemunhos do seleccionador nacional de futebol, Paulo Bento, da maestrina e directora musical da Orquestra Sinfónica de Berkeley, Joana Carneiro, do director da rádio TSF, Paulo Baldaia, da directora de RH da Accenture Portugal e Angola, Fernanda Barata de Carvalho, do ex-Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Rui Vilar, e ainda do empresário Rui Nabeiro, entre outros.
Emissão da "Ideias em Estante" às terças-feiras, às 14h45; com repetição às 23h45. Sábados às 16h45; e Domingos, às 19h30
"Como formar equipas de elevado desempenho"
por Rui Lança (Escolar Editora) 196 páginas 13,50 euros